Este ritual é uma adaptação do ritual da Liturgia da Palavra da Lei, também conhecido como Liturgia 93. Ainda que mantendo suas principais características, foi refeito de modo a poder ser executado por um único oficiante. Por suas características, pode ser executado presencialmente ou transmitido online. No último caso, recomenda-se que os participantes tenham acesso a este texto para saberem suas falas.
Atenção: este não é um ritual oficial da O.T.O. ou da E.G.C., tendo sido desenvolvido por membros da Ordem.
A Leste do Templo situa-se um Altar ou Pilar com a Estela da Revelação e o Livro da Lei. À frente deste, no Centro, um altar (preferencialmente um duplo cubo) coberto por um tecido vermelho.
Veste-se com o Robe Branco da E.G.C. Não traz qualquer ornamento. Posiciona-se a Leste do Altar, voltando-se para Oeste. Todos os seus movimentos em torno do altar são no sentido horário.
O Oficiante toma o Livro da Lei do Altar e o beija, colocando-o no altar central.
OFICIANTE – Faze o que tu queres será o todo da Lei.
TODOS – Amor é a lei, amor sob vontade.
Todos compartilham um Beijo da Paz.
TODOS – Tu-Criança, sagrado é teu nome. É chegado Teu Reino. É feita Tua Vontade. Aqui está o Pão. Aqui está o Sangue. Traz-nos através da Tentação, liberta-nos do Bem e do Mal. Seja Minha, como Tua, a Coroa do Reino, mesmo agora.
TODOS – ABRAHADABRA
O Oficiante dirige-se para Oeste do altar.
OFICIANTE – Salve, Babalon, plena de alegria! Ra-hoor-khu está Contigo. Abençoada e amaldiçoada és Tu em Tua glória. E gloriosa é a Besta em que Tu montas. Mulher Escarlate, Mãe das Abominações, une nosso sangue na dourada taça de Tua fornicação.
TODOS – AUMGN, AUMGN, AUMGN.
O Oficiante retorna ao Leste, fazendo o Passo e o Sinal de Homem e Irmão (na forma apropriada a quem esteja presente).
OFICIANTE – O Discurso no Silêncio. As Palavras contra o Filho da Noite. A Voz de Tahuti no Universo, na Presença do Eterno. As Fórmulas do Conhecimento. A Sabedoria do Alento. A Raiz da Vibração. O Tremular do Invisível. O Distante Ondular da Escuridão. O Tornar-se Visível da Matéria. O Penetrar das Escamas do Crocodilo. O Romper da Luz!
O Oficiante dirige-se a Norte do altar e lê uma passagem do Livro da Lei. Quando a Liturgia é a única cerimônia da ocasião, todo um Capítulo deve ser lido. Ainda neste caso, a leitura do Capítulo pode ser feita com cada um dos presentes lendo um Versículo, começando pelo Oficiante.
O Oficiante dirige-se ao Sul do altar e declara:
OFICIANTE – Faze o que tu queres será o todo da Lei. O estudo deste Livro é proibido. É sábio destruir esta cópia após a primeira leitura. Qualquer um que negligencie isto o faz por seu próprio risco e perigo. Estes são dos mais terríveis. Aqueles que discutem os conteúdos deste Livro são para ser evitados por todos, como centros de pestilência. Todas as questões da Lei são para ser decididas apenas por apelo aos meus escritos, cada um por si mesmo. Não existe lei além de Faze o que tu queres.
TODOS – Amor é a lei, amor sob vontade.
O Oficiante volta para o Oeste.
OFICIANTE – Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita.
O Oficiante, indo para o Sul, faz um discurso, que pode ser sobre um dos assuntos abaixo:
Idealmente, o Discurso deve ser composto para a ocasião pelo Oficiante. É aceitável, contudo, ler algo de um dos trabalhos dos Santos. Neste caso, espera-se que o Oficiante explique o conteúdo da leitura.
O Oficiante termina o Discurso fazendo uma Cruz sobre a Congregação.
OFICIANTE – In nomime Chaos.
TODOS – AUMGN, AUMGN, AUMGN
O Oficiante vai para o Leste.
OFICIANTE – Tu que és eu, além de tudo o que sou, que não tens natureza e nem nome, que és, quando todos já se foram, Tu, centro e segredo do Sol, Tu, oculta fonte de todas as coisas conhecidas e desconhecidas, tu reservado e solitário, Tu, verdadeiro fogo interno ao junco, meditando e procriando, fonte e semente de vida, amor, liberdade e luz, Tu além da palavra e da visão, a Ti eu invoco, meu fogo vigoroso e lânguido, ardendo conforme meus intentos aspira, a Ti eu invoco, ó permanente, Tu, centro e segredo do Sol, e aquele mistério mais sagrado do qual eu sou o veículo. Aparece mais terrível e mais suave, como é legítimo, em tua criança!
OFICIANTE – Eu sou o Coração; e a Serpente está entrelaçada no cerne invisível da mente. Ergue-te, ó minha serpente! Agora é a hora da encapuzada e sagrada flor inefável. Ergue-te, ó minha serpente, para o brilho da floração no cadáver de Osíris flutuando na tumba! Ó coração de minha mãe, minha irmã, meu próprio, Tu estás entregue ao Nilo, ao terror de Typhon! Ai eu! mas a glória da tempestade voraz abraça-te e te envolve em um frenesi de formas. Fica quieta, ó minha alma! que o feitiço pode dissolver à medida que as varinhas são erguidas e os æons giram. Vede! em minha beleza quão alegre és Tu, Ó serpente que acaricia a coroa em meu coração! Vede! nós somos um, e a tempestade de anos desce ao anoitecer e o Escaravelho aparece. Ó Escaravelho! o zumbido de Tua nota dolorosa seja sempre o transe desta garganta trêmula! Aguardo o despertar! A convocação em alta do Senhor Adonai, do Senhor Adonai!
O Hino pode ser falado, entoado ou cantado. A Congregação pode acompanhar o Oficiante.
O Oficiante vai para o Norte do altar.
OFICIANTE – “Verdadeiramente, amor é morte, e morte é vida que virá”. Regojizamo-nos em amor sob vontade por aqueles que alcançaram a coroa de tudo.
Caso a cerimônia seja feita em memória de alguém (em tom de celebração):
OFICIANTE – Especialmente neste dia lembramo-nos de [nome da(s) pessoa(s) homenageada(s)]. Possa nossa celebração em sua honra aproximar-se daquela grande festa da qual ele/ela/eles/elas agora desfrutam. E possa sere garantido o cumprimento de sua(s) Verdadeira(s) Vontade(s).
O Oficiante soa o sino na bateria 333-55555-333
O Oficiante vai para o Sul do altar.
OFICIANTE – Faze o que tu queres será o todo da Lei.
TODOS – Qual tua vontade?
OFICIANTE – Partir deste Templo.
TODOS – Para que fim?
OFICIANTE – Para que possamos unir-nos ao mundo.
TODOS – Para que fim?
OFICIANTE – Para que possamos alcançar nossa Verdadeira Vontade, a Grande Obra, o Summum Bonun, a Verdadeira Sabedoria e a Perfeita Felicidade.
TODOS – Amor é a lei, amor sob vontade.
OFICIANTE – Faze o que tu queres será o todo da Lei.
TODOS – Qual tua vontade?
OFICIANTE – Executar o/a [nome do rito]
TODOS – Para que fim?
OFICIANTE – Para administrarmos os Sacramentos do Eon de Hórus.
TODOS – Para que fim?
OFICIANTE – Para que todos os que deles partilharem possam cumprir suas Verdadeiras Vontades, a Grande Obra, o Summum Bonun, a Verdadeira Sabedoria e a Perfeita Felicidade.
TODOS – Amor é a lei, amor sob vontade.
O Oficiante soa o sino uma vez e a Vontade declarada é executada.
Autoria: Frater Hrw