A Esponja Estelar e os 50 Portais: Duas passagens para a Revelação

A visão de Crowley da Esponja Estelar, no Lago Pasquaney em uma noite de 1916, foi uma percepção muito profunda, mas uma concepção muito ordinária. Crowley viu “O Vazio com centelhas” e elaborou subseqüentemente a visão para incluir muitos insights.

[…] Cada fase no processo era como a alegria de uma jovem águia que plana entre as alturas na sempre crescente luz solar na medida em que o amanhecer vai chegando, espumando, sobre a bainha roxa do traje do oceano, e quando os muitos raios coloridos de rosa e ouro e verde reuniram-se e se fundiram na gloriosa órbita do sol, com uma euforia que fez tremer a alma com inimaginável êxtase, aquela esfera de luz impetuosa foi reconhecida como uma idéia comum, inquestionavelmente aceita e tratada com indiferença, porque foi por tanto tempo assimilada como uma parte natural e necessária da ordem da Natureza. No princípio eu fiquei chocado e enojado ao descobrir que uma série de pesquisas brilhantes culminariam em uma trivialidade. Mas eu entendi logo que o que eu tinha feito era viver novamente a carreira triunfante de conquistar a humanidade; que eu tinha experimentado em minha própria pessoa a sucessão de vitórias aladas que tinham sido seladas por um tratado de paz, cujas cláusulas poderiam ser resumidas em algumas expressões triviais como “A beleza depende da forma”.

Seria impraticável entrar completamente no assunto desta visão da Esponja-Estelar, apenas porque suas ramificações têm várias formas. Basta reiterar que isto tem sido a base da maioria dos meus trabalhos durante os últimos cinco anos, e lembrar ao leitor que sua forma essencial é o “Vazio com centelha.”
(o comentário novo de Crowley para Líber AL, Capítulo I, v. 59. Veja também “Confessions” pág. 810 e ff; Liber Aleph geralmente em muitas das passagens que citam o termo “Estrela(s)”; e muitas passagens em “Vision and Voice”.)

Esta visão descobriu o conceito de um campo matemático simples, depois estendido para incluir vetores e campos funcionais. O contato de Crowley com Sullivan (veja “Confessions”, pág. 922) o levou a investigar autores matemáticos. Ele estava profundamente impressionado com as escritas de Bertrand Russell e A. Eddington. O interesse de Crowley pela matemática de campos e séries veio a dominar muitas passagens das suas escritas posteriores, especialmente os comentários para Líber AL e Líber LXV.

O que fez a visão da Esponja Estelar o eixo central para Crowley foi seu estado de prontidão na ocasião em que ele percebeu a relação. Alguns estudos e experiências, especialmente as iniciações, têm que acontecer em seqüência.

“Sequitur De Hac Re”

Eu acredito geralmente, nas bases tanto da Teoria quanto da Experiência, tão pouco quanto eu possa ter, que um Homem deve ser primeiro Iniciado e estabelecido na Nossa Lei antes que ele possa usar este Método. Porque nisto está uma Implicação da nossa Iluminação Secreta, relativa ao Universo, como sua Natureza é absolutamente Perfeição.

Liber Aleph, pág. 181.

Muitos dos que aderem à “nova” Magia do Caos falham nesta consideração. Não há nada de novo ou revolucionário na Magia do Caos. É a prática comum a todos os estudantes dos mistérios, e um começo do trabalho sério. O estudo dos sistemas estabelecidos é necessário. Da visão espontânea de Crowley (Caótica?) da Esponja Estelar, uma trivialidade em si mesma, ele continuou para então descobrir as ramificações desta visão dentro do conhecimento acumulado da matemática. Se ele não tivesse feito isto, ele teria gasto muito mais tempo “redescobrindo a roda”. Como funcionou, Crowley pôde aplicar a teoria do campo elementar, através da metáfora, à teleologia e, com menos sucesso, à sociologia.

4. Os cinqüenta portais de Binah foram explicados de várias maneiras. Eles não parecem ser de grande importância; é apenas seu número que é significante. A referência é para Nun = 50 = Escorpião Atu XIII–Morte.”

“O Chamado do 14º Aethyr”, “Vision & Voice”, página 82, fn 4

Os 50 portais de Binah não foram completamente entendidos por Crowley como tal, mas ele adquiriu a concepção através do tempo e da experiência pessoal. A idéia essencial por detrás dos 50 portais aparece em muitos dos seus escritos e realizações; por exemplo, “Wakeworld” em “Knox Om Pax”, e “Vision and Voice”.

Crowley sentiu falta do significado do diagrama G.·.D.·. das dez Sephiroth em sete palácios nesta conjunção. Este diagrama (“Equinox” Vol. I, nº 2, “Templo de Salomão, o Rei”, pág. 272, Dia. 27) mostra a distribuição das dez Sephirot em sete palácios, e é uma representação do momento exato da abertura do qüinquagésimo portal — o cruzamento do Abismo. Neste momento fundem-se Malkuth e Yesod e as três Sefiroth superiores aparecem como uma, como Binah. Crowley tornou-se ciente disto através de sua própria experiência, e o fez vendo as Supernas como uma Sephira, ao cruzar inicialmente o Abismo. Ao contrário da sua experiência com a visão da “Esponja Estelar”, ele aparentemente não identificou isto com um corpo pré-existente de conhecimento, a tradição dos Cinqüenta Portais do Entendimento. Muito provavelmente, esta omissão pode ser atribuída às velhas representações da Golden Dawn destes 7 palácios e à Besta das Revelações em uma visão negativa Cristã. Veja “Equinox”, Vol. I, nº 2, pág. 275, Dia. 33 e pág. 283, Dia. 51, onde a Besta é associada aos palácios. A maioria das especulações a este respeito trata de coisas como os sete morros de Roma, heresias cristãs relativas a “Satã”, anticristo e similares. Esta Besta é uma relíquia do misticismo gnóstico e pré-cristão, cuja antiguidade é desconhecida. As Revelações são uma falsificação por si mesmas, com as visões copiadas de fontes pré-cristãs da Merkabah. A Besta com 10 chifres e 7 cabeças é uma variante da serpente nos 32 caminhos da árvore da Vida e uma alternativa para o diagrama dos sete palácios.

Há uma lista dos Cinqüenta Portais de Binah ou do Entendimento por trás de uma tradução do “Sepher Yetzirah” por Wescott, embora não em todas as edições, e o original desta lista está no “Oedipus Aegyptiacus”, de Kircher. Westcott tomou liberdades com sua fonte. Ele mudou o portal 41 e removeu o material da descrição do portal 50 relativo a Moisés. Suas traduções do Latim são, às vezes, distorcidas por pré-conceitos. Os portais 41 ao 49 também contêm uma confusão original das ordens angelicais Cabalísticas pré-cristãs com as Hierarquias do quinto século do Pseudo-Dionísio

O Sepher Yetzirah de Westcott, 191l ev, 3ª Ed. “Os Cinqüenta Portais da Inteligência.”:

Junto com algumas edições do “Sepher Yetzirah” é encontrado este esquema de classificação Cabalística do conhecimento que emana da Segunda Sephirah Binah. Compreendendo e descendo através de estágios por anjos, céus, humanidade e reinos animal, vegetal e mineral para o Hyle e o caos. Os Cabalistas dizem que devemos entrar e passar pelos Portais para atingir os Trinta e Dois Caminhos da Sabedoria; e que, mesmo Moisés apenas atravessou até o quadragésimo-nono Portal, e nunca entrou no qüinquagésimo. Veja o “Oedipus AEgyptiacus” de Athanasius Kircher, vol.ii, pág. 319.

Primeira Ordem. Elementar.

  1. Caos, Hyle (Chôra), a primeira matéria.
  2. Sem forma, vazio, inanimado.
  3. O Abismo.
  4. Origem dos Elementos.
  5. Terra (nenhum germe de semente).
  6. água.
  7. Ar.
  8. Fogo.
  9. Diferenciação das Qualidades.
  10. Mistura e combinação.

Segunda Ordem. Década de Evolução

  1. Os minerais se diferenciam.
  2. Princípios vegetais aparecem.
  3. As sementes germinam na umidade.
  4. Ervas e árvores.
  5. Frutificação na vida vegetal.
  6. Origem das formas menos evoluídas de vida animal.
  7. Insetos e Répteis aparecem.
  8. Peixes, vida vertebrada nas águas.
  9. Pássaros, vida vertebrada no ar.
  10. Quadrúpedes, animais vertebrados da terra.

Terceira Ordem. Década da Humanidade.

  1. Aparecimento do Homem.
  2. Corpo humano material.
  3. A alma humana é conferida.
  4. O mistério de Adão e Eva.
  5. O Homem completo como o Microcosmo.
  6. Dom de cinco faces humanas agindo exteriormente.
  7. Dom de cinco poderes para a Alma.
  8. Adam Kadmon, o Homem Divino.
  9. Seres angelicais.
  10. Homem à imagem de Deus.

Quarta ordem. Mundo das esferas.

  1. A Lua.
  2. Mercúrio.
  3. Vênus.
  4. Sol.
  5. Marte.
  6. Júpiter.
  7. Saturno.
  8. O Firmamento.
  9. O Movimento Primeiro
  10. O Céu do Firmamento

Quinta Ordem. O mundo dos Anjos.

  1. Ishim: os Filhos do Fogo.
  2. Auphanim: Querubim.
  3. Aralim: Tronos.
  4. Chashmalim: Domínios.
  5. Serafim: Virtudes.
  6. Malakim: Poderes.
  7. Elohim: Principados.
  8. Beni Elohim: Anjos.
  9. Querubim: Arcanjos.

Sexta Ordem. O Arquétipo.

  1. Deus. Ain Soph. Aquele Que nunca viu nenhum olho mortal, e Que foi conhecido somente por Jesus, O Messias.

Prima Classis. Elementorum primordiae. עולס הוכורוח.

  1. Infima: Materia prima, Hyle, Chaos חוסר.
  2. Vacuum & inane, id est, formarum priuatio.
  3. Appetitus naturalis, abyssus.
  4. Elementorum discretio & rudimenta.
  5. Terrenum elementum nullis adhuc seminibus infectum.
  6. Aquae elementum operiens terram.
  7. Aeris ex aquarum abysso exhalantis elementum.
  8. Ignis elementum fouens & animans.
  9. Qualitatum symbolizatio.
  10. Appentitus earundem ad commistionem.

Classis Secunda. Mistorum Decas.

  1. Mineralium, terra discooperta, apparitio.
  2. Flores & succi ad metallorum generationem ordinati.
  3. Mare, Iacus, flumina intra alueos secreta.
  4. Herbarum, arborumque, id est, vegetatiuae naturae productio.
  5. Vires & semina singulis indita.
  6. Sensitinae naturae productio, id est,
  7. Insectorum & Reptilium.
  8. Aquarilium — vna cum proprietatibus corundem.
  9. Volucrium.
  10. Quadrupedum procreatio.

Classis Tertia. Humanae Naturae Decas. עולם קטון, id est, Μικροκοσμος, Mundus minor.

  1. בריאט האדם, Hominis productio.
  2. עבר מן חאדמה, Limus terrae damascenae materia.
  3. הנשמה ונפּש, Spiraculum vitae anima, siue.
  4. וד האדם וחוה, Adami & Euae mysterium.
  5. האדם כלבו, Homo omnia, microcosmus.
  6. חמשח כהוט הגשט, Quinque potentiae exteriores.
  7. חמשה כהוט הנפּש, Quinque potentiae interiores.
  8. האדם הוא שמים, Homo Coelum.
  9. האדם הוא מלאכ, Homo Angelus.
  10. האדם הוא דמוט האלהים, Homo Dei.

Classis Quarta. Continet Coelorum Ordines, & vocantur ab Hebrais. עולם הגלגלים, id est, Mundus sphoerarum: qua sunt.

  1. הגלגל הלבנה, Coelum Lunae.
  2. הגלגל הכוכב, Coelum Mercurii.
  3. הגלגל הנוגה, Coelum Veneris.
  4. הגלגל השמש, Coelum Solis. (Hebraico corrigido)
  5. הגלגל מאדים, Coelum Martis.
  6. הגלגל צדק, Coelum Iouis.
  7. הגלגל שבטאי, Coelum Saturni.
  8. הגלגל הרקיע, Coelum firmamenti.
  9. הגלגל גלגל ראשון, Coelum mobile.
  10. הגלגל גלגל הלגים, Coelum Empyreum.

Classis Quinta. Nouem Angelorum Ordines continet, et vocatur עולם המלאכים, id est, Mundus Angelicus, ut sequitur.

  1. חיות הקודש, Animalia sancta, Seraphini.
  2. אופּנים, Ophanim, id est, Rotae, Cherubini.
  3. אראלים, Angeli magni fortes, Throni.
  4. חשמלים, Haschemalim, id est, Dominationes.
  5. שרפּים, Seraphim, id est, Virtutes.
  6. מלאכים, Malachim, id est, Potestates.
  7. אלהים, Elohim, id est, Principatus.
  8. בני אלהים, Ben Elohim, id est, Archangeli.
  9. כרובים, Cherubin, id est, Angeli.

Classis Sexta. אין שופּ, Deus immensus. עולם עליון, Mundus supramundanus & Archetypus.

  1. Deus Optimus Maximus, quem mortalis homo non vidit, nec vllo mentis scrutinio penetrauit, estque quinquagesima porta, ad quam Moyses non pertigit.

Nota: Os Anjos do Quinto Mundo ou Mundo Angelical são organizados em uma ordem muito diferente por vários Rabinos Cabalistas.

A seleção conclui com a afirmação que só Jesus Cristo penetrou o qüinquagésimo portal; evidentemente uma interpolação de Kircher. Isto foi disposto no texto do portal por Westcott, obscurecendo o original.

Não espanta que Crowley não tenha achado significado nos cinqüenta portais! Esta miscelânea, em parte cristianizada, não exibe um sistema claro. Aqui está uma reforma moderna:

  1. A escuridão do útero vazio.
  2. A escuridão do útero fértil.
  3. O feto cresce na escuridão.
  4. O feto se move na escuridão.
  5. Nascimento para a luz exterior.
  6. Primeira respiração.
  7. O cordão é cortado.
  8. Primeira alimentação.
  9. Primeiro sono.
  10. A primeira abertura dos olhos.
  11. A primeira percepção.
  12. O primeiro sonho com o mundo exterior.
  13. O primeiro ato deliberado.
  14. O primeiro amor.
  15. O poder de se mover pela vontade.
  16. A primeira dor de amor.
  17. O começo da fala.
  18. A primeira resposta com compreensão da fala.
  19. O poder para ficar de pé e caminhar.
  20. O poder para separar segurança de perigo.
  21. O comportamento cultural se inicia.
  22. Controle das funções do corpo.
  23. Aprendizagem e razão.
  24. Puberdade.
  25. O crescimento físico se interrompe — maioridade na sociedade.
  26. Cultivo dos sentidos.
  27. Expressão dos sentidos.
  28. Consciência da existência espiritual.
  29. A alma alcança além do espírito.
  30. A alma age à parte do espírito corporal.
  31. A alma vitaliza os sentidos.
  32. A alma inspira os sonhos.
  33. A alma ensina poderes racionais (cerimonial mágico).
  34. A alma guia as emoções (mágica natural).
  35. A alma rege o corpo e o espírito.
  36. A alma guia para além do corpo.
  37. A alma abençoa além do corpo.
  38. A alma persiste sem o corpo.
  39. A alma age sem o corpo.
  40. A alma cresce sem o corpo.
  41. A consciência do mundo é uma chama.
  42. Tutela do mundo.
  43. Tutela das almas.
  44. Tutela dos Vigias.
  45. Soberania — poder para representar o mais alto.
  46. O poder de destruir pela grandeza.
  47. O poder de preservar pela grandeza.
  48. O poder de embutir grandeza.
  49. A grandeza além da luz.
  50. Ser eterno.

Os exemplos dos cinqüenta portais apresentados acima demonstram uma das duas formas principais dos portais do Entendimento. Estes primeiros dois exemplos são representativos da mais alta das duas formas e podem ser relacionados com o diagrama da árvore da Vida. De acordo com a Cabala de Krakovshy: A Luz da Redenção, páginas 155 a 157, portais 1 ao 10 são as dez Sephiroth de uma árvore que cresce dentro da conjunção de Malkuth-Yesod-Tiphereth de uma árvore maior. Assim, o portal 1 é Malkuth dentro de Malkuth-Yesod-Tiphereth. O portal 2 é Yesod dentro de Malkuth-Yesod-Tiphereth. Assim continua com o portal 10 sendo Kether dentro de Malkuth-Yesod-Tiphereth da maior.

  1. Malkuth dentro de MALKUTH. Matéria inanimada.
  2. Yesod dentro de MALKUTH. A matéria se diferencia em substâncias. Elementos.
  3. Hod dentro de MALKUTH. São formadas as moléculas.
  4. Netzah dentro de MALKUTH. Substâncias orgânicas aparecem.
  5. Tiphereth dentro de MALKUTH. A vida primitiva aparece.
  6. Geburah dentro de MALKUTH. A vida primitiva se reproduz em espécies.
  7. Chesed dentro de MALKUTH. A evolução das espécies se inicia.
  8. Malkuth dentro de YESOD. As criaturas interagem.
  9. Yesod dentro de YESOD. As criaturas se tornam cientes da vida e do inanimado.
  10. Hod dentro de YESOD. As criaturas evoluem defesas e armas.
  11. Netzach dentro de YESOD. As criaturas se tornam sociais.
  12. Tiphereth dentro de YESOD. As criaturas têm prazer inofensivo umas com as outras.
  13. Geburah dentro de YESOD. As criaturas começam a se importar umas com as outras.
  14. Chesed dentro de YESOD. A comida e outras necessidades são compartilhadas.
  15. Malkuth dentro de HOD. Objetos são usados como ferramentas.
  16. Yesod dentro de HOD. Os objetos são honrados.
  17. Hod dentro de HOD. São feitas ferramentas.
  18. Netzach dentro de HOD. As ferramentas e os abrigos são aperfeiçoados.
  19. Tiphereth dentro de HOD. A feitura das ferramentas é ensinada.
  20. Geburah dentro de HOD. Inicia-se o comércio.
  21. Chesed dentro de HOD. As coisas não necessárias são mantidas para o futuro.
  22. Malkuth dentro de NETZACH. Os objetos são admirados.
  23. Yesod dentro de NETZACH. Os objetos são decorados.
  24. Hod dentro de NETZACH. A decoração representa a natureza.
  25. Netzach dentro de NETZACH. A natureza é influenciada pela decoração.
  26. Tiphereth dentro de NETZACH. Os artistas são honrados.
  27. Geburah dentro de NETZACH. O desenho parte da natureza.
  28. Chesed dentro de NETZACH. Coleções de símbolos aparecem.
  29. Malkuth dentro de TIPHERETH. As nações aparecem.
  30. Yesod dentro de TIPHERETH. As nações reagem com nações.
  31. Hod dentro de TIPHERETH. O comércio entre as nações começa.
  32. Netzach dentro de TIPHERETH. As nações compartilham conhecimento.
  33. Tiphereth dentro de TIPHERETH. Nações honram nações.
  34. Geburah dentro de TIPHERETH. O ritual internacional é formalizado através da prática.
  35. Chesed dentro de TIPHERETH. A comunidade da humanidade é reconhecida.
  36. Malkuth dentro de GEBURAH. A história é inventada.
  37. Yesod dentro de GEBURAH. O mito moral aparece.
  38. Hod dentro de GEBURAH. O progresso é inventado.
  39. Netzach dentro de GEBURAH. A evolução é honrada.
  40. Tiphereth dentro de GEBURAH. A comunidade dos seres é reconhecida.
  41. Geburah dentro de GEBURAH. São reconhecidas as obrigações para com a natureza não-humana.
  42. Chesed dentro de GEBURAH. A abstração é celebrada como superior ao material.
  43. Malkuth dentro de CHESED. A religião e o estado começam a se separar.
  44. Yesod dentro de CHESED. As utopias são imaginadas.
  45. Hod dentro de CHESED. A Religião se torna filosofia.
  46. Netzach dentro de CHESED. Tolerância sobre as diferenças na filosofia aparece.
  47. Tiphereth dentro de CHESED. Existencialismo, Positivismo e Teleologismo fundem-se.
  48. Geburah dentro de CHESED. Identidade pessoal com abstração se torna a meta.
  49. Chesed dentro de CHESED. A iluminação se torna a meta.
  50. Binah. A iluminação é atingida.

Os Cinqüenta Portais do Entendimento também podem ser usados em meditação ritual. A segunda maneira para interpretar os cinqüenta portais (sob o Abismo) forma uma estrutura para uma confissão negativa assim como aquela achada no Livro Egípcio dos Mortos. Neste, são feitas sete declarações de pureza para cada uma das sete Sephiroth mais baixas. Estes não precisam ser memorizados, mas são feitos na hora pelo ritualista a cada vez. Cada declaração corresponde a uma Sephira dentro de cada uma das sete Sephiroth de acordo com o padrão mostrado anteriormente. Sete vezes sete são quarenta-e-nove declarações ao todo. Cada declaração tem que tomar a forma de uma negação de erro, correspondendo à combinação das Sephiroth. A profundidade e a qualidade da procura da alma das quarenta-e-nove verdades determinam o sucesso ou o fracasso. Quando o ritualista puder dizer todas as quarenta-e-nove declarações verdadeiramente, o qüinquagésimo portal se abrirá para dentro das Supernas através de Binah. Não é necessário que as declarações sejam precisas com respeito à vida cotidiana da pessoa. Este procedimento gradualmente formula um Eu Superior a partir da personalidade normal. A forma das declarações deve começar com “Eu não…” e concluir com uma negação de erro; por exemplo “Eu não enganei ninguém.” “Eu não menti para ninguém”, e assim por diante. Esta prática é dada com maior extensão na minha apostila Magia e Cabala #1, páginas 24 a 27.